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‘Mileiristas’ Dos Liberais Incendeiam Debate Do Orçamento Do Estado
Thursday - Nov 24, 2022
‘Mileiristas’ Dos Liberais Incendeiam Debate Do Orçamento Do Estado
Os liberais partiram, esta quinta-feira, em defesa dos portugueses que ganham salários na casa dos mil euros, chamando-os "mileiristas". Carlos Guimarães Pinto atirou na direção de todas as bancadas e acabou por incendiar o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2023.
 
Em cima da mesa, propostas de todos os partidos com vista à alteração dos escalões do IRS, a pensar na classe média. Os socialistas pretendiam uma atualização de 5,1% mas a oposição pretendia que se fosse mais longe. E o liberal Carlos Guimarães Pinto fez uma intervenção emotiva, em defesa dos portugueses que recebem salários na ordem dos mil euros, que apelidou de "mileiristas", disparando críticas na direção de todas as bancadas.
 
"Este Orçamento tem 111 mil milhões de euros de receitas de impostos. São 11 mil euros por português, mais 30 mil milhões de euros do que há seis anos. E não permitem que um décimo fique no bolso das pessoas que ganham metade do nosso salário. Estamos a falar dos mileiristas, das pessoas que ganham cerca de mil euros. ", começou logo por apontar o deputado da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto.
 
"Ficam felizes por irem buscar aos mileiristas? Onde podemos cortar? Temos um Estado que só tem despesas extraordinárias necessárias, que não pode cortar em nada. E pedimos aos mileiristas para cortarem na saúde, na educação, na habitação?", questionou, de seguida, Carlos Guimarães Pinto, criticando as injeções de capital na banca, na TAP e "os obeliscos e monumentos inúteis que se fazem pelo país".
 
Atirando ainda em direção ao PS, Carlos Guimarães Pinto acusou: "Quer manter uma sociedade dependente e à espera dos 125 euros".
 
Depois, o deputado liberal virou-se para a bancada dos sociais-democratas. "Do PSD, esperava mais. Um dia, vocês foram o partido que representava a classe média e a classe média são aquelas pessoas".
 
"O Chega, que não aprovou esta medida, que pergunte aos policias que estão lá fora que não os deixam ficar com uns 50 euros que são deles", prosseguiu Carlos Guimarães Pinto, provocando um contra-ataque do presidente do partido, André Ventura: "Nunca pensei ver na Assembleia da República um deputado da IL a falar dos polícias. Hoje que e vão manifestar e a IL não vai estar seguramente lá, porque a IL não se revê nos polícias. Vou ensinar uma técnica de guerra russa, o PCP, vai gostar: Nunca usar uma Kalashnikov que e pode voltar contra nós".
 
As palavras de Ventura não fizeram Carlos Guimarães Pinto a abrandar o ataque. O próximo foi dirigido ao Bloco: "Do BE não espero grande coisa, porque hoje só representa uma elite falida que pretende viver no centro de Lisboa". Em resposta, a bloquista Mariana Mortágua, atirou: "Lamentando que tenha votado no PSD, quando os mileiristas não tinham trabalho".
 
"Do PAN e do Livre, não sei como votaram, mas também não defendo periquitos nem ciclovias", concluiu o deputado da IL. "Fiquei um bocadinho triste por se ter lembrado do sentido de voto de todos os partidos menos do PAN e do Livre. Não basta ver como o Livre vota. É preciso também ver como a IL vota as propostas do Livre", respondeu o deputado único Rui Tavares. "Pode não se lembrar do sentido de voto do PAN mas nós não esquecemos o que tentou fazer com os estudantes universitários e as propinas. Depois, voltou atrás, porque não dava muito jeito em campanha eleitoral", repostou também a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real.
 
E até o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendes, entrou no contra-ataque: "A IL faz-me lembrar aquele soldado que estava num pelotão em que todos marchavam de determinada maneira e achava que todos estavam errados". 

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